segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Encontros

Em um dia bucólico um sentimento de vazio paira pelo ar.
Sozinho e sem um amor, Paulo caminha pela virtualidade da vida.
Nesse caminho ele encontra desejos, promessas e quimeras de paixão.
Pessoas ávidas por uma relação carnal, insana, rápida e sem sentido, na
busca analgésica de um gozo.
Assim Paulo fecha os olhos e derrama lágrimas na tentativa de preencher
o vazio que se encontra.
Subitamente seu olhar se depara com uma pessoa brincando com um urso
nomeado de Panda.
Se aproximam, conversam, procuram afinidades e estabelecem limites.
Panda ensina como chegar a um lugar onde se pode ter
uma vista alegre da vida.
Continuam conversando ... identificam pontos em comum em suas histórias
Se acariciam, brincam e riem das particularidades de uma vida solitária.
Ambos parecem querer seguir o caminho da Fénix
Renascer das cinzas que as chamas do fogo deixaram pelo caminho de suas vidas.
Encontrar um bem precioso para cuidar das feridas da alma e do coração
para que o sorriso seja devolvido a seu olhar.
O que vai acontecer? Resposta difícil que apenas os senhores do destino sabem.
Torço muito por eles.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Cores

 


Hoje me sinto só. Há um continente em minha alma que necessita ser
preenchido.
Meus dias estão cinzentos. Nesse momento pergunto: onde estão as
cores da vida?
Os senhores do destino colorem minha vida muitas vezes com cores
que não gosto e ao misturar as matisses dessas cores, revelam
uma realidade de completa solidão.
Os amores se foram um preferiu o campo o outro optou pelo autismo
enquando fico nos braços gélidos da solidão.
Como me aquecer?
Óh senhores do destino rogo por dias coloridos. Rogo por cores
Quentes capazes de aquecer o frio da minha alma.
Alegres capazes de fazer-me sorrir
Fortes, que permitam encontrar o caminho da felicidade e do amor.

Inocência Adulta


Navegando sobre os mares do pecado
encontramos pescadores ávidos pelos prazeres da carne.
Encontramos fome, volúpia e luxúria.
Um turbilhão de desejos órfãos de sentido. Jovens, velhos,
solteiros e casados.
No meio de tantos devaneios encontramos um campo grande
e repleto de sonhos.
Uma inocência adulta. Assim nos questionamos: o que é isso?
O não entendimento nos perturba, nos incomoda. Que não saber
é esse? Que inocência adulta é essa?
A dualidade do pensamento me faz refletir. Ser ou não ser não
é a questão.
A questão é demonstrar ou não demonstrar a real essência desse
ser tão especial, portador dessa inocência adulta.
Apesar de transbordar de sentimentos prefere guardálos para si.
Priva o mundo da beleza de seus sentimentos acreditando impedir
que o vento da vida anuncie ao mundo sua essência.
Tomado pelo fascínio dessa inocência adulta nos permitimos galgar por
caminhos perigosos. Cheios de armadilhas que o destino impõe,
cheio de incertezas que a vida apresenta.
Escolhemos então caminhar junto com a inocência adulta e arriscar.

Arco-íris sem cor

Passeio pelo desejo em busca de um ideal ou será um ideal do eu?
Tarefa árdua que nos convida a pensar sobre o Eu.
Nesse caminho somos capturados por pensamentos histéricos e
arco-irisdelírios psicóticos.
Perdemos o rumo, a direção e fugimos da realidade.
O amor nos amarra, ele simboliza o real.
Percebemos que procuramos o Eu no final de um arco-íris incolor.
Em uma experiência mítica de satisfação que nunca será repetida
e que nunca será revelada.
Mas não desistimos, continuamos a busca para quem sabe
no final do nosso arco-íris encontrarmos as cores da nossa felicidade.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Pensamentos

Meus pensamentos pairam sobre um emaranhado
de sentimentos que se repetem ciclicamente.
Pensamentos sádicos, masoquistas, desejosos, mas
acima de tudo pueris.
Criança triste - retratoPensamentos que manifestam a revolta de uma criança,
marcada em sua tenra infância.
Repete, repete, repete espiral de pensamentos obsessivos
que culminam em comportamentos histéricos.
Pensamentos com sentido de difícil compreensão que
escondem metafórica e metonimicamente o real motivo
do seu sofrimento.
Porque eles se repetem? Porque precisamos viver em uma mandala
sem fim. rodando sobre nos mesmos, repetindo sentimentos,
ancorando a vida em um Porto cujo o horizonte esta escondido pelas
marcas deixadas pela infância.
Como fazer um acordo com essa criança rebelde que domina os
pensamentos?
Criança sofrida, desejosa, ávida por amor.
Como dominar esses pensamentos
que rasgam nossa alma, sangram o coração e maltratam a nossa existência.
Deixo a resposta ... para vocês.